terça-feira, 25 de maio de 2010

Soneto de papai

Hoje lembrei-me do primeiro soneto que eu decorei em minha vida, de autoria de meu próprio pai!
É impressionante que passaram-se mais de 15 anos e eu nunca me esqueci, talvez devido à sonoridade fácil dos decassílabos, ou as rimas perfeitas.
Claro que quando decorei eu ainda era criança para observar se era ou não um soneto e qual a seria a qualidade dele! Para mim, era a poesia do papai e isso já era suficiente!
Pena que meu pai se deixou levar pelo toque do tempo e se desfez de tantos outros poemas. Só restou este, salvo pela memória de infância, que, infelizmente, não guardou o título da poesia.
Mas aí segue o que me lembro:

O gigante que cresce em minh’alma

Me dispõe a procurar com ardor

Um pouco de paz, um pouco de calma

Nas sendas deliciosas do amor.

Amar é a seiva natural da vida

É como beber o vinho que anima

Na alma gêmea da pessoa querida

Sendo feliz, assim, nessa doce sina.

O tempo passa e urge a aproveitar

Cada segundo, sugado para amar

Guardando de bom no coração

Guardando de bom tudo, tudo:

Carinho, amor, olhar mudo

O beijo ardente da paixão.

3 comentários:

  1. Meu aninho na Letras não me permite classificar, mas pra mim, no meu coração, é lindo e ponto.

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  2. Nem meus cinco aninhos me permitem clássificá-la direito, rsrs
    beijo tha

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  3. Me lembro sempre dessas palavras. Decorado... só um trechinho, o que para mim já trazia inúmeras lembranças boas da nossa infância. Ai que saudade do papai.

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