Não existe lugar seguro.
Tudo se perde no tempo.
Cadernos escritos se perderam
como as poesias que escrevi no vento.
Os escritos à lápis se desbotam
e se tornam apenas fantasmas.
As fotos de infância desapareceram
como em minha memória gasta.
Alguns laços afetivos se desfizeram,
outros se decompõem aos poucos,
como peças de algodão amarelado
que se desmancham com o passar das décadas...
Tentei modernizar-me,
e digitalizar os escritos e ideias no computador.
Mas os arquivos também se corrompem
e se perdem num espaço cibernético incompreensível.
Nas gavetas, no espaço virtual ou na memória
tudo se perde,
nada resiste ao tempo.
Por isso escrevo para o momento presente.
24 de novembro de 2010.
Divulgação de textos inéditos de autoria feminina contemporânea. Poesia contemporânea. Literatura
Mostrando postagens com marcador poesia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador poesia. Mostrar todas as postagens
terça-feira, 7 de junho de 2011
sábado, 12 de junho de 2010
Receio
No último fim de semana estive novamente em minha querida Poços de Caldas/MG visitando a família, e, com a ajuda de meu irmão, conseguimos fazer mais um resgate de uma das poesias de papai, publicada há muitos anos no já extinto "Diário de Poços".
Outro clássico soneto do "Seu" Ary!
ReceioPousa a cabecinha em meu ombro e sonhaCisma tranqüila, quietamente e pensaQue estás perdida na amplitude imensaDo firmamento, ó minha flor tristonha!Deixe que a turba lá de fora ponhaEm seu amargo pessimismo adensaTreva dos males vem assim risonhaPlácida e meiga na ardorosa crença.Guarde as mãozinhas em minha mão ansiosaCerre as pestanas de cetim e rosaE eu cante o amor e viva na alegriaTriste alegria de te ver presenteE ter no peito esta dor latenteE este receio de perder-te um dia!Ary Clayton de Oliveira
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Ausência
Sempre uma ausência profundaSempre aquele instante eternoSempre a saudade de tudo me envolve.É aquele vaziode tua ausênciaque me atormenta.É a saudade- palavra plena -Que me persegue.É uma espera constante a minha vida.Espero os dias passarem, ou voltarem,mas não voltam.Porque Deus fez o mundo tão imensoe os corações tão pequeninos?(Aline Maria Magalhães - 21/09/2006)
terça-feira, 1 de junho de 2010
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Poema antigo
A doce espera do amor!Os minutos são eternos,Longos espaços para a saudade morar.Meu coração abriga o desejoDo teu retorno aos meus braços,Reviver nossa paixão!A vida aqui é monótona,O tempo parece não passar,Guardado do futuro, nestas frias montanhas.Resta apenas a lembrança tuaDoce e antigaComo flor guardada há anos dentro de um livro.(Aline Maria Magalhães,08 julho 2004)
Assinar:
Postagens (Atom)