Outro clássico soneto do "Seu" Ary!
ReceioPousa a cabecinha em meu ombro e sonhaCisma tranqüila, quietamente e pensaQue estás perdida na amplitude imensaDo firmamento, ó minha flor tristonha!Deixe que a turba lá de fora ponhaEm seu amargo pessimismo adensaTreva dos males vem assim risonhaPlácida e meiga na ardorosa crença.Guarde as mãozinhas em minha mão ansiosaCerre as pestanas de cetim e rosaE eu cante o amor e viva na alegriaTriste alegria de te ver presenteE ter no peito esta dor latenteE este receio de perder-te um dia!Ary Clayton de Oliveira